segunda-feira, 8 de setembro de 2008





















"FOI AMOR..."

"Quando cheguei, estava aberto; tudo!
Havia uma flor sobre a cama e o cheiro era teu;
Uma delícia o vinho, já à espera, como de costume!
Tua roupa, cheirando a ti, espalhava-se pelo chão.
Sem muita luz e, calmamente, deitei-me ali,

Onde teu corpo haveria de deitar,
E, olhando para tua imagem, que se acendia nos meus pensamentos,
Fechei os olhos e pus-me a imaginar tua vinda,
Silenciosa e prazerosa vinda, e não tardaste a chegar!
Chegaste e, logo, logo, aos pouco, senti que já estavas sobre mim,
Ardendo sobre mim, tocando meu corpo,

E tua boca no encalço da minha,
E teus lábios perseguindo os meus,

Já loucamente sedentos dos teus.
Não exitei em tocar teu corpo

Com o meu e deixar minhas mãos acariciar
Teus desejos e meus lábios conter tua ânsia
De ser possuída toda e sem reservas...
E não soubemos dizer depois o que fizemos apenas o que sentimos: amor!"

(José Valdir Pereira)

Um comentário:

o poeta disse...

É sempre fenomenal ler uma poesia e saber da intenção do poeta quando a escreveu...pelo menos chegar perto...é que parece tudo tão claro quanto ao que ele quis dizer...
É assim, como a letra de uma música do Roberto e Erasmo Carlos...tem uma mensagem clara!